WIND STAR
Por volta de 1995 com 31 anos estava determinado a comprar um veleiro, na época vendedor da Link máquinas e equipamentos rodoviários,o bolso andava um pouco mais folgado e comecei a investida a procura de algo que estivesse nas minhas condicoës financeiras. Havia um Bruma 18” em oferta, mas quando entrei ou melhor tentei entrar no seu interior, bati com a cabeça e vi que os meus 1,85 metros de altura não conportavam naquele espaço, então fui olhar os Oday 23”. Haviam dois em São Lourenço do Sul, um do Sr. Pedro Estrela, que não estava a venda , e outro do Sr. Ismar Ferreira , Arrozeiro proprietário do TIO PATINHAS, que queria $ 10.000,00 (Dólares). Fiquei balançado pelo barco pois eram barcos bem novos e cuidados, mas o problema era o preco, Dez mil não dava, Sr. Ismar ainda ofertou , “te faço em dez vezes de $ 1.000,00 (dólares), não lembro a cotação , mas certamente não era um por um, e ai era forcado demais. Então em visita ao Iate clube de São Lourenço , na ocasião para ver o Tio Patinhas, vi dois barcos ancorados, o URU 28" de propriedade do Construtor Naval Antoninho Moreira mesmo que construiu o elegante barco de nosso renomado navegador escritor Geraldo Knippling, e o NATIVO 28", de propriedade do Sr Vandi Cathi, que embora näo fosse construtor ele mesmo construiu o Nativo em sua casa , este de madeira Strip pregada com as sobras das pontas de garfo inox, e fibrado casco e convés com Araldite. Bem construído era uma pintura de barco, mas não queria vender. Fui informado que um Senhor chamado Paulo também estava construindo este mesmo barco em madeira em sua casa , e fui até ele para ver e ter dicas e custos, para também ingressar nesta aventura de construir um barco. Este estava nos fundos de uma garagem já com o casco e cabine prontos, mas cru na madeira, e o mais interessante, é que não tinha como tira-lo de lá quando pronto, pois não havia portão até o mesmo ou saída lateral, acredito que quando pronto demoliria a garagem para tira-lo de lá.Mas não importa, o que interessa é que o mesmo estava impolgadíssimo e orgulhoso de sua obra, e então contagiado fui até o estaleiro de Jozé Vernétti , da família dos estaleiros Vernéti, em Säo Lourenco.Estes controem canoas para pescadores, escunas todas artesanais em madeira. Os mesmos são competentes construtores que vem passando de Pai para filho a genealidade de construírem barcos fortes ,resistentes e navegáveis a anos e anos. O Zé Verneti estava começando seu próprio estaleiro, indo para o lado de barcos mais sofisticados, estava construindo duas a três lachas gabinadas com desenho muito bacana, e negociando chegamos a um valor para construção de casco e convés , pois o mesmo queria ter a experiência de construir um veleiro.E assim fechamos o começo da construção do Wind Star.
Mas não foi fácil, levou um bom tempo para começar , e a ansiedade tomava conta , até que um dia cheguei a São Lourenço, e la estava o esqueleto de cabeça para baixo do frondoso veleiro.
Mais alguns mëses e ficou pronto a parte em madeira e logo após cobrimos com araldite fibrado e o barco pintado ganhou o nome de Wind Star.
O mastro foi comprado do Balaca , filho do proprietário do Veleiro Gaudério, o mesmo casco que durante muito tempo na década de oitenta ganhou regatas até mesmo em Porto Alegre, este já falecido teve seu barco abalrroado por uma canoa de pesca , que devido a ter sido fibrado por dentro e por fora , foi á pique pelo apodrecimento da madeira do casco.E o mastro completo com retranca estaiamentos estava no galpäo do Iate Clube de Säo Lourenco. Contato feito com conhecido Balaca ,Wind Star já tinha mastriacäo.
Um motor Jhonson 9.9 rabeta longa, comprado graças a indicação do Pinga Fogo do Iate Clube Guaíba completava a embarcação .
E assim batizava meu primeiro barco. WIND STAR 28"
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