veleiro guapo

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porto alegre, RIO GRANDE DO SUL, Brazil
Luis Fernando Guapo Van de Stadt - 29,7 pés ,quilha e leme retratil-

sábado, 28 de maio de 2011

10 DE MARCO DE 2011- GUAPO NO MEIO DA ENXURRADA

Veleiro Guapo se aguentando na enchente  de Sao Lourenco do Sul.

Foi um sufoco , mas saiu apenas com um arranhäo no costado.


Foto copiado do site http://www.popa.com.br/

ENXURRADA EM SAO LOURENCO DO SUL

Enchente  de São  Lourenço  do sul

09 de marco de 2011  Quarta feira de cinzas, depois de participar do Encontro da Vela de São Lourenço do Sul  feriadão de carnaval, fiquei na cidade para resolver assuntos pessoais.
Retornando  a Porto Alegre  a  noite cheguei  em casa por volta das 22:00 hs. Fui  dormir passando da meia noite.   05:15 hs da manha   toca meu celular  , era minha cunhada  Maíra que reside em São Lourenço,“ Oi Fernando , está acontecendo um probleminha aqui, tem  um carro de som passando pelas ruas avisando que devemos abandonar as casas ,pois o rio São Lourenço está subindo muito depressa e parece que vai chegar aqui,e segundo vizinhos existem barcos se soltando e indo para Lagoa”.  Bom quando ela terminou a palavra barcos já estava me vestindo, e avisando que estava a caminho. Ocorre que o Guapo estava lá, desde   Dezembro. Mas por mais que pudéssemos imaginar,  barcos indo para Lagoa me parecia um pouco demasiado.  05:35 hs estava abastecendo o carro no Posto BR da Pde Cacique, e de telefone em punho, acionei meu Irmão Lander o(NENE), que também mora na cidade. Nenê  me atendera sabendo da situação  e já de pé ,se deslocou  para ver o quadro. 06:00 hs já a caminho meu concunhado Eder  liga dizendo, “Olha Fernando .tá feia a coisa aqui, o teu barco ainda está lá amarrado  , mas os que estavam a esquerda dele, todos já foram para a Lagoa, o teu está encima de um  menor, empurrado por outro maior, escorado em uma árvore  mas não sei se vai agüentar, vou desligar porque  parece que a água esta chegando na porta da minha casa”. Sua casa  fica a umas cinco quadras do rio, sinal que era  feia a situacao.  Graças ao celular, continuei com informações on line acompanhando o avanço das águas. Em um determinado momento meu irmão me passa o último panorama e informa que esta abandonando o posto de controle do Guapo  porque sua mulher ligou e a água começava a chegar também na sua casa. A casa do  Nenê é do outro  lado da cidade , tentar entender que água poderia chegar a sua porta  era o fim da picada. “Nando teu barco ainda está lá,  porém o  quadro é devastador ,está descendo pelo rio cavalo,vaca ,cachorro, geladeira, móveis, de tudo e olha só, a escuna do Nena  Vento Negro ,que estava em manutenção no estaleiro está passando neste momento a minha frente, sozinha desgovernada em direção a lagoa levando tudo por diante, parece um filme de terror.”, e em seguida ele liga novamente confirmando água na sua porta e reportando que não adiantaria tentar passar de carro ,pois quase não conseguiu voltar pra casa, melhor pegar uma moto na loja . 07:35 hs  estava na frente da loja de veículos de sua propriedade trocando de condução . Fui ao encontro do problema e encontrei água por toda parte ,o povo na rua parecia formiga desgovernada , sabe quando se meche no caminho das formigas, elas ficam andando para todos os lados sem saber para onde ir, era a cena. Gente vindo com seus pertences, crianças no colo  calcas arremangadas  molhadas. Comecei a contornar a cidade tentando chegar no outro lado para ver a situação  do Guapo, no caminho encontrei  o Dr. Daniel Vernetti, filho de construtor de Barcos,o mesmo  estava preocupado pois não tinha notícias de seu Pai nem de sua irmã  que moram na beira do rio. Montou na moto comigo e seguimos na idéia de contornar a cidade pela  beira da praia, ou seja se fosse o caso entrar a pé dentro dágua e chegar ao outro lado caminhando. Não foi possível a correnteza era muito forte de arrastar até automóvel, certamente estava abrindo buracos e estava muito perigoso.  Subo algumas quadras e vejo uma pá carregadeira trazendo pessoas na caçamba, quando de seu retorno para buscar mais gente, subo com ele e vamos na tentativa de ultrapassar o obstáculo.Chegou em um ponto que o operador da máquina disse “daqui não vou, esta ficando muito perigoso, esta correnteza em meio as ruas deve de estar abrindo buracos e podemos ser engolidos”, voltamos e subi em um trator MF tracionado, que estava indo buscar um parente que não conseguiu sair de casa e estava ilhado. Mesma coisa ,não conseguiu passar em uma das ruas tamanha   forca da correnteza. Na esquina da casa da  vítima descemos agarrados as grades das casas  eu e o Daniel   fomos buscar o casal que estava apavorado vendo a água subir. Agarrados a nossos braços levamos o casal sexagenário com água na cintura até o trator .Tentamos tranqüiliza-los pois estavam bastante nervosos.  Não era pra menos, sua casa  estes chalés pré-fabricados estilo cabanas não tinham como subir para o telhado, e demoraram demais a tomar a decisão de abandonar a casa. O que se via eram pessoas que não abandonaram  as casas  subirem para os telhados. Peguei a moto e voltei para o centro da cidade , lá estava um amigo Richard descarregando pessoas que resgatara  em  sua lancha, uma FS210 em pleno centro da cidade, como se estivesse na praia . Subi na lancha  e fui ajudar aos resgates, previlegiando mulheres ,crianças e idosos  que estavam em situacao de perigo. Apartir daquele momento esqueci o Guapo, o importante naquele momento sem dúvida era ajudar.  Quanto mais nos aproximávamos do rio maior era a profundidade e a correnteza, entre uma esquina e outra tínhamos que atravessar a lancha e dar motor para avançar e não bater nas  casas. Passávamos no meio da rua para não bater com a rabeta em veículos que não tiveram tempo de serem recolhidos, pessoas nos acenavam pedindo socorro. Entre várias situações uma bizarra .   Um rapaz acenava desesperadamente de uma janela no segundo andar ,quando nos aproximamos perguntando se estava tudo bem , o mesmo exclamou,”Cara tá tudo bem vou ficar aqui até baixar a água  mas pelo amor de Deus, me dá um cigarrinho aí ,o meu está  todo molhado”. Fui obrigado a dizer que esta era uma ótima oportunidade de deixar de fumar. Outra senhora  estava encima da alvenaria da caixa dágua , em uma belo sobrado de telhas esmaltadas . Como esta a Senhora, tudo bem ? Perguntei. “ Meu filho não tem nada bem , estou aqui a mais de três  horas , não comi nada ,não tomei meus remédios e não faço a menor idéia como vou sair daqui.” Realmente ela estava bem, segura seca bem vestida, mas como ela foi parar lá , e como desceria de lá , não sei explicar pois a lancha não tinha como chegar perto  . Mas o importante é que não corria risco de vida. Tiramos um Senhor do telhado de uma casa antiga próximo ao leito do rio  o mesmo estava com água quase na cumieira  com meia espalda para fora ,foi uma operação complicada pois a proximidade com o leito do rio , a profundidade era maior e a corrente também , cada vez que tentavamos chegar batíamos em uma árvore e jogava a lancha perigosamente contra a casa, uma pequena tensão a bordo e conseguimos encostar no telhado escorregadio e perigoso da casa antiga. Desci de quatro pés e cheguei ao cidadão o mesmo estava bem  porém com um problema na perna esquerda não tinha forcas para sair dali, aliás não sei como chegou  . “Me ajuda só a levantar esta perna, “ solicitou o Senhor  que deveria ter seus setenta anos. Quando  soltei ele desta armadilha ,sua fisionomia era de quem  tinha escapado desta, com os pés brancos de estar a bastante tempo submerso, soltou um belo suspiro de agradecimento. Em outra situação atravessamos o rio ou o que deduzíamos ser, para socorrer nosso amigo Dr. Mesquita, que via celular já vinha mantendo contato com o Richard .Sua casa no outro lado do  rio estava totalmente submersa, ilhado no  telhado acompanhado de sua esposa e filha  mantinha-se calmo embora não tivesse opção para onde ir.   O trabalho executado pelo Richard  colocando  sua Lancha em diversas situações  de perigo, foi louvável e uma belíssima  demonstração de coragem e solidariedade. Por volta das 11:00 hs com as águas baixando tirou a lancha da água pois começava a ficar baixa a profundidade para navegar no meio das ruas.
Com a   água  baixando   por volta das 12:00 hs comecei a pé a tentativa de atravessar em uma das ruas que segundo as informações colhidas no momento, era a que teria melhores condições de travessia   devido a sua altura. Somente por volta das duas horas da tarde consegui  ver o Guapo. Do lado de cá do rio enxerguei o mesmo como se agarrando a uma árvore demonstrando sinais de não fazer pouco de seu nome de batismo,realmente estava confirmado o registro  do meu querido Barco. “GUAPO”. Levou o dia todo para baixar o nível das águas porem somente no outro dia consegui atravessar em bote da defesa civil e chegar no Guapo.  Felizmente não tivemos nenhum dano sério,apenas  um arranhão forte no costado  ,que com a ajuda do pessoal do clube e da canoa Titanic, colocamos o mesmo a navegar levando logo enseguida  para o Saldanha da Gama em Pelotas.
Passando o terror devastador das águas, veio o caos dos danos causados pela enchente, Casas encharcadas  móveis ,eletrodomésticos,colchões ,estofados tudo sendo colocado no meio das ruas apodrecendo com um  mal  cheiro terrível. O volume de entulho nas ruas era tanto, que a Prefeitura não dava conta de retirar. Durante alguns dias o cenário eras de uma sobra de guerra.
O que se destacou neste evento foi o espírito de solidariedade . Prefeituras visinhas mandaram máquinas caminhões , a defesa civil montou um posto de comando no clube Lorenciano,que  junto a Exército ,Brigada Militar, Polícia Civil, Marinha que fundeou um Navio a frente de São Lourenço ,exerceram um papel fundamental para que a cidade não entrasse em colapso. Donativos chegaram de todas as partes  com alimentos ,roupas, colchões e água potável . Vários eventos foram feitos em ajuda a São Lourenço , inclusive um jantar no Iate Clube Guaíba , onde fizemos parte , arrecadamos sacolas econômicas como valor  do convite.
Hoje São Lourenço já se recuperou em boa parte  , com apoio da sua população e um trabalho focado de seus administradores pouco a pouco estão apagando as cicatrizes que este episódio deixou.
São Lourenço do Sul a Perola da Lagoa , já superou este triste episódio e esta pronta para continuar a nos receber com suas belezas naturais .

Luis Fernando Guapo

segunda-feira, 16 de maio de 2011

SAO LOURENCO DO SUL- A PEROLA DA LAGOA

São Lourenço do Sul   a  Pérola da Lagoa ,    terra  do  famoso   encontro  da  Vela   reúne  anualmente velejadores de todo sul  do  estado,  geralmente  realizado  no carnaval,  confraterniza   navegadores de todas as modalidades ,com presença de barcos   de Pelotas,  Rio Grande,Porto Alegre , Tapes e região . Neste realizam regatas  um belo baile de carnaval  com  escolha da rainha do evento,com muito churrasco e cerveja emoldurando  este encontro muito concorrido na vela Gaúcha . Este já foi o  palco de inúmeros acontecimentos da vela , a maioria dos veteranos velejadores do Rio Grande do Sul , já teve alguma, se não ,varias passagens por esta belíssima cidade balneada pela Lagoa dos Patos. 


São Lourenço tem um passado històrico no mundo da vela,foi o mais importante porto de veleiros mercantes do Rio Grande do sul,carregados com arroz, lenha ,carvão, feijão e outras mercadorias era porto estratègico no transportes de mercadorias, que ajudavam a formar verdadeiros heróis navegadores, que enfrentavam a intempéres da afamada Lagoa dos Patos.
São Lourenço também conhecida pelos contrutores de barcos robustos,construídos em madeiras, espalhados pelo Rio Grande do Sul inteiro.
Também sedia um dos maiores eventos musicais  do estado , o Reponte da Canção Nativa.

Alem de todas estas virtudes, como se não bastasse , São Lourenço ainda me adotou como  um filho, pois casado com uma filha desta terra,acabei  afetivamente ligado a esta elegante e simpática cidade.
São Lourenço é tudo de Bom.

Luis Fernando Guapo

quarta-feira, 11 de maio de 2011

2009-NAVEGANDO NO VELEIRO AVENTURA

Navegada Porto Alegre a Rio Grande, a bordo  do veleiro  Aventura , de  propriedade  do  Comodoro Iate Clube Guaíba, José Guilherme  ,o Chicäo, um Clássico de 1958 ,  construído pelo Empresário Breno Caldas .   Primeira perna da Navegada a Santa Catarina.



A LAGOA DOS PATOS VERDINHA COMO MAR


O PREVILÉGIO DE TIMONEAR O AVENTURA


GALINHA ASSADA DE VITRINE-uma exigëncia do Cmdte



                                                            UM SUÍCIDA A BORDO
NAVEGACAO NOTURNA NA LAGOA
 Fazendo parte da tripulação,comandante Chicao  , Luis Fernado Guapo, Silvio Caverna e  Renato Lady Jani.

Foi uma daquelas para ficar na memória, com uma parceria muito bacana cumpimos esta empreitada com boas risadas , cerveja gelada e um gosto de quero mais.
Luis Fernando GUAPO

terça-feira, 10 de maio de 2011

Aniver -RODINEI CAPETA- 40 ANOS -tunel do tempo 2008


Sabado, 19 de julho de 2008, depois de uma bela feijoada , para festejar o aniversário de 40 anos de nosso amigo Rodinei  Castro,o Rudi Capeta,fomos dar uma volta no sagres IV de propriedade do cmdte Julinho, com a cia de Silvio Caverna , o homem das geladeiras, Jamil (cavalo)das cervejas sem álcool , e  os músicos navegadores liderados por Agnelo . Durante duas  horas tocaram violão e gaita de boca,  com musicas  ao estilo dime hends e outros clássicos,, diga de passagem com interpretações fantásticas de agnelo .Voltamos ao iate clube e novamente nos deliciamos com a feijoada do almoço que ainda estava no fogo a lenha a nos esperar.

CRUZEIRO DO BUGIO -QUINTA PARTE

12:30 hs Começamos o nosso retorno, com vento empopado e um sol de rachar, navegávamos a 5,5  6,0 nòs a favor em linha quase reta. Com bastante protetor solar , nos dividíamos no cock pit, pois o Sol não estava para brincadeira. Atè que na vez do Nenê ,ele inventou um abrigo  apropriado, pegou duas toalhas de banho brancas molhadas no rio , e colocou nos ombros e nas pernas , pois já estava num vermelhão sò.    O Marcelo  com o lombo todo vermelho,pois não acredita em protetor solar, diz que è coisa de boiola,deve de ter tido uma noite maravilhosa depois desta feita.
16:15hs chegamos no Iate Clube Guaìba , e logo fomos descarregando e despensando nossos tripulantes , que ainda tinham que voltar de carro para São Lourenço do Sul.
Agradecidos por mais este Maravilhoso passeio, recheado de bom Humor e Parceria, nos despedimos com a certeza de um ate breve.



CRUZEIRO DO BUGIO -QUARTA PARTE



CRUZEIRO DO BUGIO -QUARTA PARTE

Com Belíssimo amanhecer , tomamos café, com direito a mamão ,suco de laranja , sanduíche e salsicha,Um lucho sò.
09:00 hs começou a movimentação  das embarcações para o  objetivo, de limpeza da praia do Cìtio, onde um a um foram fundeando e descendo com sacos plásticos pretos de lixo,iniciando a catar a sujeira que a cidade Grande  coloca no Guaìba, e que a natureza  indefesa recebe pela corrente vazante do rio nas suas praias de areias branquinhas. Milhares de sacos plásticos , garrafas pet, embalagens plásticas de produtos de lipeza, desodorantes, pedaços de bonecas, chinelos de dedo ,embalagens de remèdios e outros, um verdadeiro crime ambiental.  Auxiliados por um bote inflável da Reserva , que vinha fazer a viagens de transporte do lixo recolhido, conseguimos com muito êxito dar exemplo de cidadania e consciência ecológica e simbolicamente demonstrar exemplo e preocupacäo com nosso lixo.
O Marcelo não desceu na praia, pois ficou preocupado de não conseguir voltar a bordo com seus 120 Kgs, ou de quebrar a escada na subida, palavras do mesmo, indagado por não ter descido para ajudar a Natureza.”fiquei  cuidando do Maquiavel”,justificou.

cruzeiro do bugio -terceira parte

                                          marcelo preparando carreteiro,e nas costas ingredientes do SAMBINDEIS

CRUZEIRO DO BUGIO-TERCEIRA PARTE

Na Chico Manuel resolvemos passar por dentro, e nos protegendo um pouco do vento  , Marcelo preparou um carretiro para nosso almoço, lógico que isto já era umas 15:00hs da tarde. Firmes determinados e com a barriga forrada, aproamamos em um bordo planejado,que obviamente não deu muito certo.

Mas nossa navegação não   era para      qualquer um,      continuavamos bravamente   seguindo nosso rumo,quando na  altura já da entrada do canal próximo a Ilha do Junco com o vento encanado da boca da Lagoa, vínhamos em um bordo bonitasso, e em rota de colisão  com  uma pequena  chata da Trevo tranqüila no seu rumo. Nosso bordo começou a ir diretamente na proa do Navio, e calculando que não íamos ter a preferência ,demos um jaibe colocando a tripulação em total desarmonia. Passado o infortuneo, voltamos a navegar e logo estávamos contornando a bóia de entrada na ilha do Junco, baixando as velas e motorando o 8HP íamos enchergando todos os mastros  já fundeados na Praia da Pedreira, enfrente o trapiche da Reserva de Itapua.
Conseguimos chegar bem próximos da praia e com pouco calado atracamos direto no trapiche , onde já estavam o Noa Noa , o Kauana e o Maison Blanche .
Participamos  da confraternização, com os navegadores e organizadores do evento. Choripan  e umas geladinhas para não quebrar a rotina ,voltamos ao barco e contemplando aquele belo cenário, Nenê e Marcelo estenderam um cobertor encima da mesa de bordo ,e se atracaram na carpeta. Jogaram atè umas 10:00 hs , a base do tradicional Sambideis com gelo comestível, e foram ao sono dos Justos.

* Sambideis -tradicional samba ,cachaca com coco cola.

CRUZEIRO DO BUGIO- SEGUNDA PARTE

NENE E MARCELO
Contudo  nossa brava tripulação , formada pelo Cmdte  que vos narra, Sr. Nenê irmão do comdte e Marcelo um  amigo de São Lourenço do Sul , que veio a nosso convite especialmente para o evento, não levando em consideração a intemperes e cheios de entusiasmo partimos em direção a Itapua . A Largada se deu por Volta das 10:00 hs , e lá estava o garboso Maquiavel de panos encima rumo a Itapua.  Como meus dois tripulantes variavam seus pesos entre os cento e la bastante, o lastro de bordo estava  garantido. Até a Ponta Grossa foi barbada, vimos os veleiros grandes  se distanciarem ,e ficavamos nós a brigar na empreitada. Passamos a Ponta Grossa  lá pelas 13:00hs  , e a coisa começou a ficar feia, o vento aumentava  para 17, 18 nós com bastante e víamos que alguns barcos  dando meia volta. Principalmente Lanchas e barcos de pequeno porte. Mas não ia ser nós que deveríamos desistir. De bordo em bordo íamos avançando.
A segunda vez  que alcançamos a parte ao sul da Ponta Grossa, onde estão varias  casas a beira rio, o Nenê muito irônico exclamou”Olha não quero te dizer nada , mas é a segunda vez que vou comprimentar a mesma pessoa naquela casa”, ou seja , o vento esta muito forte e contra , cada vez que nós davamos um bordo  aberto , tinha-se a impressão de estarmos avançando bastante, porém quando de volta no bordo, chegávamos ao mesmo ponto anterior avançando muito pouco, ou quase nada.  Teimoso não queria calcar  no motor, velejada é velejada ,não há motor.  Víamos que muitos da frotilha, ou tinham se afastando para frente ou estavam voltando. Um Oday ao longe nos observa-va , e a motor galopeava nas ondas ,mas também com muito pouco avanço. O cmte Rudy tranqüilamente nos cruzou de três a quatro vezes, pois também insistira em ir só na vela. Depois soubemos que a maioria tinha calcado o motor já na saída.

CRUZEIRO DO BUGIO- PRIMEIRA PARTE

CRUZEIRO DO BUGIO


Em 05  de Dezembro de 2007 ,participamos do Evento criado pelo popa,regata cruzeiro  a praia do Sítio Itapuä , eleita esta a  mais bonita praia do Guaíba. Com a missão de deixa-la mais linda ainda, fomos para um  motiräo  de limpeza . Esta tem de ser autorizada pelo Parque Estadual de Itapua , que também é auxiliado pelo clube Náutico Itapua ,e sua Comodoro Cristina Tina Silveiro. Este evento batizado de Cruzeiro do Bugio, devido aos enúmeros exemplares desta espécie que habitam o lugar, tem  caráter ambiental, e está no cronograma anual de eventos Náuticos do sul do Estado. Ao todo participaram 44 embarcacöes e 100 tripulantes. Esta navegada tem 22 milhas náuticas do Iate Cube Guaíba até Itapua, onde tivemos ventos variando de 10 a 20 nós, e contra, ou seja Sul Sudeste. Como foi divulgado no Site do popa, um vento meio demasiado para barcos a motor e de pequeno porte, o que levou a varias desistências ao longo do caminho.
Assim que passamos a Ponta Grossa o vento apertou e continuou aumentando ,conforme a tarde ia passando. Embarcações inscritas: Acalanto,achego,Anarquia,Baependi,Barba Negra, Boêmio,Bora Bora,Breeze,Canibal,Chamonix V,Cmte Rudy,Easy Cong,Escape,Fiapo,Forest,Galante,Graxain,Joshua,Kauana,LagoAzul,Longitude,Lucki, Maison Blanche,Maquiavel,Marinaia,Macuipe,Noa Noa, Raio de Luar,Quatro Patas,Refugio,Safado,Saigon,Santa Preguiça, Speed ,Tai Chain, Victor,Yes e Zé Colméia

MAQUIAVEL

MAQUIAVEL-

MAQUIAVEL-

SEGUNDO BARCO- MAQUIAVEL

No ano de 2006 depois da venda do WIND STAR ,resolvi que passaria para um barco de fibra ,e comecei a procurar um  Oday”23, conhecido como o Fusca dos veleiros devido a sua tradição ,resistência, facilidade de manobrabilidade,mercado de compra e venda e   segurança ,parti a procura. Visitando nossos clubes Náuticos cheguei ao MAQUIAVEL. Ancorado no Iate clube Guaíba em Novembro de 2006  fechamos negócio . Edson Ayres, pelo sobrenome deve ser parente ,cuidadoso e caprichoso não teve trabalho para nos convencer do bom negócio que fariamos  em adiquiri-lo. E assim foi ,compramos um Oday”23, pra lá de esperto,o Maquiavel, extremamente bem cuidado, fundo recém pintado, convés perfeito ,casaria,interior bem distribuído para seu tamanho, enxoval de velas em ótimo estado, ou seja pronto para navegar

WIND STAR

WIND STAR TOMANDO FORMA

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O PRIMEIRO VELEIRO

WIND STAR

Por volta de 1995 com 31 anos estava   determinado a      comprar  um veleiro, na época vendedor da Link máquinas e equipamentos rodoviários,o bolso andava um pouco mais folgado e comecei a investida  a procura de algo que estivesse nas minhas condicoës financeiras. Havia um Bruma 18” em oferta, mas quando entrei ou melhor  tentei entrar no seu interior, bati com a cabeça e vi que os meus 1,85 metros de altura não conportavam naquele espaço, então fui olhar os Oday 23”. Haviam  dois    em São Lourenço do Sul, um do Sr.  Pedro Estrela, que não estava  a  venda , e outro   do Sr. Ismar Ferreira ,  Arrozeiro     proprietário do TIO PATINHAS, que queria $ 10.000,00 (Dólares).   Fiquei balançado pelo  barco pois eram barcos   bem novos  e  cuidados,  mas o problema era o preco, Dez   mil não dava, Sr. Ismar ainda ofertou , “te faço em dez vezes de $ 1.000,00 (dólares), não lembro a cotação , mas certamente não era um por um, e ai era forcado demais. Então em visita ao Iate clube de São Lourenço , na ocasião para ver o Tio Patinhas, vi dois barcos ancorados, o URU 28" de propriedade do   Construtor Naval Antoninho Moreira mesmo que construiu o elegante barco de nosso renomado navegador escritor Geraldo Knippling,  e o  NATIVO 28", de propriedade do Sr Vandi Cathi, que embora näo fosse construtor ele mesmo construiu o Nativo  em sua  casa , este de  madeira Strip  pregada com as sobras das pontas de garfo inox, e fibrado casco e convés com Araldite. Bem construído  era  uma pintura de barco, mas não queria vender. Fui informado que um Senhor chamado Paulo também estava construindo este mesmo barco em madeira em sua casa , e fui até ele para ver e ter dicas e custos, para também ingressar nesta aventura de construir um barco. Este estava nos fundos de uma garagem já com o casco e cabine prontos, mas cru na madeira, e o mais interessante, é que não tinha como tira-lo de lá quando pronto, pois não  havia portão até o mesmo  ou saída lateral, acredito que quando pronto demoliria a garagem para tira-lo de lá.Mas não  importa, o que interessa é que o mesmo estava   impolgadíssimo  e orgulhoso de sua obra, e então contagiado fui até o estaleiro de Jozé Vernétti , da família dos  estaleiros  Vernéti, em Säo Lourenco.Estes controem canoas para pescadores,  escunas    todas artesanais em madeira. Os mesmos são competentes construtores que vem passando de Pai para filho a genealidade de construírem barcos fortes ,resistentes e navegáveis a anos e anos. O Zé Verneti estava começando seu próprio estaleiro, indo para o lado de barcos mais sofisticados, estava construindo duas a três lachas gabinadas com desenho muito bacana, e negociando chegamos a um valor para construção de casco e convés , pois o mesmo queria ter a experiência de construir um veleiro.E assim fechamos o começo da construção do Wind Star.
 Mas não foi fácil, levou um bom tempo para começar , e a ansiedade tomava conta , até que um dia cheguei a São Lourenço, e la estava o esqueleto de cabeça para baixo do frondoso veleiro.
Mais alguns mëses e ficou pronto a parte em  madeira e logo após cobrimos com araldite  fibrado e o barco pintado ganhou o nome de Wind Star.
O mastro foi comprado do  Balaca , filho do proprietário do Veleiro Gaudério, o mesmo casco que durante muito tempo na década de oitenta ganhou regatas até mesmo em Porto Alegre, este já  falecido teve seu barco abalrroado por uma canoa de pesca , que devido a ter sido fibrado por dentro e por fora , foi á pique pelo apodrecimento da madeira do casco.E o mastro completo com retranca estaiamentos estava no galpäo do Iate Clube de Säo Lourenco.   Contato feito com conhecido Balaca ,Wind Star já tinha mastriacäo.
Um motor  Jhonson 9.9 rabeta longa, comprado graças a indicação do Pinga Fogo do Iate Clube Guaíba   completava a embarcação .
E assim  batizava meu primeiro barco. WIND STAR 28"

domingo, 8 de maio de 2011

SERRACÄO NA LARGADA ITAPUÄ TAPES

Veleiro Guapo ao fundo a direita, recolhendo ferro sob nevoeiro na segunda perna da regata cruzeiro Porto Alegre Tapes

Terceira regata Porto Alegre Tapes

O8/05/2010- Com direito a Navio de Patrulha BABITONGA da Marinha Brasileira, Helicópteros e aviões sobrevoando e registrando o evento, Banda da Brigada Militar a proa do Babitonga tocando “cisne Branco”, veleiros se cruzavam aguardando a largada para Tapes. E a bordo do Guapo Cmdte. Luis Fernando , Agnelo e Beto formavam a tripulação.
Previsto para as 17:00hs, a largada se deu as 17:05hs, com vento fraco Leste, protegido pelos morros largamos muito mal. Passamos lambendo a proa do Babitonga aos acordes da Banda da Brigada Militar. O final da tarde se transformou em um por do sol maravilhoso com a dança dos veleiros tentando avançar com a falta do vento. Anoiteceu logo e estávamos conseguindo nos recuperar um pouco da terrível largada, quando bateu o espírito do Tick Vigarista. Vammmmos dar uma ligadinha no motoooorrrr, ninguém esta nos enxergando nesta escuridão , e viramos o potente Yhanmar 9hp no silencio da escuridão. Ocorre que não tinha mais um pingo de vento e pela nossa progessäo só chegaríamos no nosso primeiro objetivo, Cítio em Itapuä sabe lá quando. Mas para nosso consolo logo enseguida a comissão da regata passou pelo rádio canal 65 que estávamos todos autorizados a ligarem motor para não atrazarem a largada do outro dia , pois se tratava também de regata cruzeiro, o que importava mesmo era a participação. O Beto ficou zoando o resto da regata nos chamando de gringo Tick Vigarista.
No breu da escuridão entre luzes de navegação espalhadas pelo guaíba , vimos um se aproximando,vindo a nossa popa, com velocidade superior a nossa, e então começamos a dar manete no motor, em uma velocidade de 6,0 nós , dificultavamos a passada do perseguidor que teimava em nos ultrapassar. O que ocorre é que nosso motor é de 09 hp, de um cilindro, uma belezura Japonesa, que consome menos de um litro de diesel por hora, mas a 2.800 giros está quase colocando o pistão pela descarga. Dificultada a passagem do ilustre algoz, baixamos para 2.200 giros, caindo para 5,5 nós permitindo a ultrapasagem do oponente.
09:30 hs chegamos na praia do Citio Itapuä ,ao todo tinha em torno de 60 embarcacoës. Doze lanchas que fizeram uma bela cena que fundeadas contra bordo,com a do centro servido de ancora. Três Trolers, e o restante de veleiros transformamos a enseada de Itapuä em uma pequena cidade flutuante ,com as luzes de navegação e top de mastro iluminando aquele paraiso. As 22:00hs inauguramos nossa churrasqueira, Cmdte assumiu a faina e assamos salsichão e um belíssimo vazio regado obviamente a cerveja gelada,fomos dormir satisfeitos.
09/05- 07:00hs Alvorada para largada da segunda perna em direção de Tapes, e saboreando o café da manha, noto que um Troller azul começa a se aproximar demais vindo em nossa direção, ocorre que caprichosamente o Troller de 50 pés garrou ,como quem diz ,”deixei vocês acordarem primeiro”, mas a tripulação do desgovernado navio continuava em pleno sono. Para nossa sorte ,o mesmo tinha um bote de borracha amarrado a popa, e serviu de defensa nos protegendo e dependurado na proa berrando para acordarem empurrei o mesmo para fora de nossa direção,mas imediatamente a Tininha (Clube Itapuä),que observava a operacao entrou em ação gritando, ” não manda pra cá segura aí”,mas de que jeito segurar aquele peso morto. Finalmente a tripulacäo acordou e resolveu o problema.
Largamos as 08:00hs em uma navegada maravilhosa com direito a uma massa a bolonhesa servida por Agnelo regada a bom vinho, com direito a prato enfeitado com pimentas vermelhas e queijo ralado,um verdadeiro espetáculo.
Final do dia estavamos atracados em Tapes a contra bordo do Vaihalla do amigo Cmdte Rodolfo. Esta foi uma das primeiras navegadas na Lagoa a bordo do Guapo, que devemos editar mais adiante na integra do diario de bordo.

A CHEGADA DO GUAPO

Em Janeiro de 2009 estavamos a procura de um barco maior ,entorno de 30 pés.Algumas investidas, em proprietários de Delta 32, mas a dificuldade de colocar o Maquiavel no negócio, começava a complicar a situação. Entre propostas surgiu um Aruba 28 no clube Jangadeiros, chamado onde ficou bem próximo de fecharmos,mas ainda não era o desejado. E um dos churrascos de quarta-feiras no IATE CLUBE GUAÍBA, despretenciosamente conversando com Edson Ayres, ele me informa que estava pensando em vender o Guapo, pois tinha mudado seus planos e estaria comprando uma casa em Santa Catarina,e estudava proposta ,inclusive recebendo o Maquiavel, que lembrando foi de sua propriedade. Conversamos e solicitei que o mesmo permitisse entrar no barco e assim foi em duas horas já estavamos com a proposta feita , que segundo o mesmo era irrecusável.

Em 10 de Fevereiro de 2009, assinamos contrato de compra e venda , e lá estávamos nós de barco novo. Van de stadt 29,7”, construção de 2006, porem contramolde , interior e acabamentos feitos em 2007, ou seja tudo muito novo e com pouquíssimo uso. Motor Yanmar de 9 hp, e com enxoval de velas zerado. Com quilha retrátil, o Van de Stadt cala muito pouco , com 0,50 cm de água ainda esta navegando, ou seja ideal para o nosso Guaíba , onde se chega a colocar a proa na areia das praias.